20/07/2014

Katia

Afinadíssima!



Hoje é dia do amigo, e pra comemorar uma data como essa eu não poderia deixar de homenagear uma grande cantora que em pouco tempo tornou-se uma amiga querida e admirada. Neste post tento descrever sua brilhante carreira, embora ainda me faltem palavras pra definir um talento de gênio que ela tem.

A maioria das pessoas conhecem Katia como a cantora que foi apresentada ao mundo por  Roberto Carlos e que fez sucesso estrondoso com algumas canções escritas por ele no final dos anos 70 e na década de 80, como "Qualquer Jeito", "Lembranças", entre outras... Mas Katia é muito mais que a afilhada artística do Rei e cantora símbolo de uma era, ela é uma artista completa, possuidora de uma obra extensa no cenário musical, grande compositora e cantora de voz doce e afinada, ouso dizer que é dela a voz mais afinada que eu já ouvi no Brasil. 

Costumo chama-la de "Karen Carpenter brasileira", ainda que ela ache graça, modesta que é, considero a comparação totalmente adequada. Katia é um gênio, uma autodidata. Foi criança prodígio, superando todas as expectativas num país tão limitado pra um deficiente visual crescer e se desenvolver. Aos 4 anos já descobriria na música o seu melhor dom, dedilhando os primeiros acordes no piano, em seguida no violão e finalmente surpreendendo com uma voz encantadora e seu dom para escrita. Ela não é somente símbolo de superação, é também de competência.

Aos 14 anos, Katia timidamente e a princípio sem intenção de lançar-se no mercado da música, mostrou suas composições a um velho amigo de seu pai, nada menos que Roberto Carlos, para simplesmente ouvir   uma opinião sobre suas canções. Katia nunca imaginou que Roberto a levaria para um teste na gravadora CBS, atual Sony Music e que seria aprovada, e tão logo gravaria seu primeiro compacto, o "Tão Só".

Com duas canções de autoria da jovem cantora, o compacto é lançado em 1978 e tem sucesso imediato, colocando os holofotes voltados a ela, sendo lançada no Fantástico com o clipe de sua música "Tão Só", surpreendendo o público. Roberto Carlos fez questão de pessoalmente apresenta-la ao Brasil, orgulhoso de ser ele o descobridor de tanto talento e acompanhando sua carreira desde então. No ano de 1979 Katia estreava seu disco "Lembranças", mesmo nome da canção que a lançou nas paradas de sucesso. A música foi um presente de seu padrinho e do parceiro Erasmo Carlos em seu aniversário de 17 anos. A interpretação impressionante de Katia e o arranjo de Eduardo Lages fazem da canção uma verdadeira obra prima, colocando-a merecidamente por 6 meses no primeiro lugar das paradas, ultrapassando a marca de mais de 1 milhão de cópias vendidas e eternizando Katia no cenário da MPB. Outros álbuns vieram e com eles outros sucessos. "Cedo pra Mim", também composta pela dupla Roberto e Erasmo coloca Katia mais uma vez nas paradas. Suas composições próprias também vão tomando espaço e ganhando fãs, "Até Quando" e "Ah Esse Amor" são duas delas... Katia inicia parcerias com outros compositores e têm algumas de suas canções como tema de novelas. Em 1987 grava "Qualquer Jeito" também de Roberto e Erasmo e mais uma vez arrebenta nas Radios e na TV mantendo-se novamente em primeiro lugar por meses. Katia nessa época era figura constante em programas de TV e a canção torna-se seu maior Hit.

Continuou gravando discos e compondo até 1994, tendo feito participações com seu padrinho em especiais da Rede Globo, tendo suas composições gravadas por outros artistas e ganhando espaço na Europa e América Latina, gravando inclusive um álbum na Espanha, o "Tan Sola" e permanecendo por 17 semanas na Bilboard Latina. Merecidamente conquistou discos de ouro, platina e diamante e prêmios importantes como Globo de Ouro, Sharp, Disco Mais Vendido, Cantora Revelação, A Voz Romântica do Brasil, entre outros...

Após 6 compactos e 9 álbuns de sucesso, em 1994 a artista da uma pausa no cenário musical pra se dedicar a uma causa nobre, distribuindo e dando suporte a deficientes visuais do programa DOSVOX, ausentando-se das gravadoras e da mídia por um período de 10 anos. O que lhe valeu além da recompensa pessoal, mais um prêmio, oferecido pela fundação Bradesco, pelos relevantes serviços prestados aos deficientes visuais do Brasil. Isso demostra que Katia além de talento, tem honra.

Em 2006 retorna ao mundo da música e lança mais dois discos, dessa vez coletâneas contendo algumas músicas inéditas. E desde então, segue com sua carreira, preparando mais um disco, compondo e fazendo shows pelo Brasil.

Abaixo disponibilizo o clipe de "Tão Só" do Fantástico de 78, minha canção favorita que considero uma Joia rara, injustamente esquecida pela mídia, mas obrigatória pra quem gosta de música de qualidade e quer conhecer o talento da nossa eterna  garota prodígio:



Revendo esse clipe, lamento pela qualidade da música popular na mídia brasileira ter caído tanto nos dias de hoje e que grandes nomes do passado têm sido erroneamente classificados em estilos que não possuem e jogados ao acaso em pacotes dos quais nem cabem. Triste Era da Cultura enlatada que estamos engolindo no momento. Obrigada Senhor pela invenção da internet!

Ouça Katia cantando outra canção de sua autoria, de 1982 "Até Quando":



Recomendo a todos o site oficial da cantora Katia: http://cantorakatia.webs.com com muitas outras informações, videos e discografia completa.

Gostou? Por favor, compartilhe. Espalhe a boa música que ainda possuímos!!

13/07/2014

Heart

As irmãs do Rock


Hoje é dia do Rock, e pra homenagear, escolhi falar de uma banda que amo, Heart, das sensacionais irmãs Wilson.

Heart é o nome da banda fundada nos anos 70 por Ann e Nancy Wilson, duas irmãs nascidas na Califórnia (EUA) que, à época, tinham seus belos e rebeldes 20 e poucos anos (Ann nasceu em 1950 e Nancy em 1954). Heart tem como marca o vocal de Ann, foi inicialmente composta pela participação dos parceiros amorosos das irmãs e, desde a separação de Nancy e Roger Fisher, o primeiro guitarrista do grupo, tem uma considerável rotatividade de músicos.

O 1º álbum, Dreamboat Annie, foi lançado em Fevereiro de 1976. O disco foi muito bem aceito no noroeste dos Estados Unidos e no Canadá, e seus singles “Crazy On You” e “Magic Man” alcançaram o Top 40 dos Singles da revista Billboard. O hit “Barracuda” é uma das faixas do 2º álbum da banda, o Little Queen, lançado em 1977. “Barracuda” alcançou o 11º lugar nos Estados Unidos naquele ano e rendeu às irmãs Wilson a capa da edição de Julho da revista Rolling Stones.

A primeira grande turnê da Heart está associada ao lançamento de Dog and Butterfly (1978), o 4º disco da banda.Dog and Butterfly vendeu cerca de 2 milhões de cópias nos Estados Unidos e sua turnê passou por 77 cidades.

Durante todos esses anos de carreira, a banda chegou a enfrentar 2 momentos mais… delicados, se é que podemos assim classificá-los. O primeiro se remete ao lançamento de Private Audition, de 1982, que vendeu bem menos do que os álbuns lançados até então. É que a Heart resolveu mudar seu estilo, voltando-se mais ao Pop-Rock, e a mudança não foi tão bem aceita pelos fãs de longa data. Nem mesmo o álbum seguinte, Passionworks, conseguiu trazer a banda de volta às boas posições nas rádios. Em 1984, porém, Heart volta a ter destaque graças à música “Almost Paradise”, que fez parte da trilha sonora do filme “Footloose” e foi gravada por Ann e Mike Reno, da banda “Loverboy”. “Almost Paradise” alavancou contrato com uma nova gravadora, a Capitol, pela qual gravaram o álbum Heart, lançado em 1985. 

O novo disco vendeu mais de 5 milhões de cópias por todo o mundo e emplacou 4 sucessos no Top 10 da Revista Billboard, sendo “These Dreams” o primeiríssimo deles.

O segundo momento foi um período de pausa, de 1995 a 1998, em que Nancy decidiu se dedicar mais à sua família. Enquanto isso, Ann apresentava-se com uma banda chamada “Ann Wilson Band” (também conhecida por “Ann Wilson & the Ricola Brother’s”). Em 16 de Outubro de 1995, Nancy chegou a juntar-se a eles para participar de um show, que foi transmitido posteriormente pelo canal VH1 num clube em Las Vegas chamado The Joint. O retorno da Heart foi marcado por uma nova turnê, no ano de 1998.

A banda foi homenageada com o VH1 Rock Honors de 2007, dedicado a bandas que fizeram sucesso no rock, e tem 2 músicas que fazem parte da “Saga” Guitar Hero: “Crazy on You” no Guitar Hero II, e Barracuda, como já comentei anteriormente no Guitar Hero III – Legends of Rock, e também no Guitar Hero: Smash Hits. Dessa forma, a banda passa a receber maior interesse por parte das novas gerações. Heart também apareceu no programa “The Ellen DeGeneres Show” no dia 25 de Janeiro de 2008, data do aniversário do programa, e a apresentadora Ellen tocou a introdução de “Barracuda” no Guitar Hero antes de anunciar a entrada da banda em seu palco. Genial!

Ao total, a banda Heart tem 13 álbuns lançados, 4 indicações ao Grammy, além das homenagens citadas acima. Para ter uma ideia de como suas músicas continuam a fazer sucesso até hoje, em 2013 a Heart foi eleita para o Rock and Roll Hall of Fame, evento em Ohio (EUA) dedicado a registrar alguns dos músicos mais conhecidos e influentes do estilo.

No vídeo abaixo curta minha favorita "Baracuda" de 1977:



Agora veja o Heart tocando "Stairway To Heaven" num tributo feito ao Led Zepellin, no Kennedy Center em 2012. É simplesmente de arrepiar!!!!!!!!



Fonte: http://www.papaichegou.com.br/mulheres-gatas-gostosas/mulheres-no-vocal-heart
Wikipedia



04/07/2014

Amelinha




Amélia Cláudia Garcia Collares Bucaretchi (21 de Julho de 1950), de Fortaleza, Ceará, mudou-se com 20 anos para São Paulo, onde estudou Comunicação. Começou a cantar de forma amadora, participando de shows do conterrâneo Raimundo Fagner. Em 1974, passou a aparecer em programas de televisão. Em 1975 viajou com Vinicius de Moraes e Toquinho, onde fez temporada com a dupla. Por essa época, Vinicius de Moraes compôs para ela "Ah! quem me dera". 

Começou a se notabilizar na música na mesma época que toda uma leva de artistas nordestinos chamados genericamente de "Pessoal do Ceará"entre os quais estavam Raimundo Fagner, Ednardo, Belchior, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Fausto Nilo e Robertinho do Recife. Em 1977, lançou o primeiro LP "Flor da paisagem", pela gravadora CBS, produzido por Fagner, que incluiu "Depende" (Fagner e Abel Silva), "Acalmar-se" (Ednardo e Brandão), "Ponte de espinho" (Ednardo) e a faixa-título "Flor da paisagem" de autoria de Robertinho do Recife e Fausto Nilo. Com esse trabalho começou a ser apontada como a revelação nordestina ou "a Gal Costa do Ceará"

Em 1978, pela mesma gravadora, lançou o disco "Frevo mulher", cuja faixa-título, de autoria de Zé Ramalho, despontou como o primeiro grande sucesso de sua carreira. Este LP, com o qual conquistou o "Disco de Ouro", incluiu outras composições de sucesso, como "Galope rasante" (Zé Ramalho) e "Dia branco" (Geraldo Azevedo e Rocha)Em1980, participou do Festival MPB 80, da Rede Globo, classificando em 2º lugar a música "Foi Deus quem fez você", de autoria de Luiz Ramalho. Devido ao sucesso desta música, vendeu mais de um milhão de cópias do compacto homônimo e foi a primeira música a alcançar o primeiro lugar entre as mais executadas tanto nas faixas de FM quanto de AM. Ainda neste mesmo ano, lançou o LP "Porta secreta", pela CBS. O disco trouxe dois grandes sucessos"Gemedeira" (Robertinho de Recife e Capinam) e "Foi Deus que fez você" (Luiz Ramalho)

Em 1982, gravou o disco "Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor", um dos maiores sucessos de vendas da cantora. A canção-título (composta por Zé Ramalho em versos de Octacílio Batista), foi tema do seriado "Lampião e Maria Bonita", da Rede Globo, e fez também um enorme sucesso em todo o Brasil, ao lado de "Periga ser" (Fausto Nilo - Robertinho de Recife) e "Amara quem eu já amei"(Libório - João do Vale)O disco ficou mais de 30 semanas entre os 50 LPs mais vendidos. 

Em 1983 gravou o disco "Romance da lua lua", com o sucesso "Romance da lua lua"(de Garcia Lorca - Flaviola). Em 1984, a cantora entrou em nova fase. Separada do marido Zé Ramalho, que produziu três dos seus primeiros cinco discos e compôs muitos de seus sucessos, ela entregou sua voz à produção de Mariozinho Rocha e ao acompanhamento instrumental do Roupa Nova, que imprimiu algo de pop em seu trabalho.Gravou o LP "Água, luz", que incluiu a canção "Tempo rei" (Gilberto Gil), com certo destaque. Lançou depois os LPs "Caminho do sol", de 1985, com "Vida boa" (Fausto Nilo - Armandinho), e "Amelinha", de 1987, com o sucesso "Mistérios do amor" (Tavinho Paes - Paulinho Lima - Serge Clemens). 

Em 1989, montou com sucesso o show "Saudades da Amélia", com repertório de compositores como Chico Buarque, Tom Jobim e Caetano Veloso e com o qual percorreu vários teatros do país. Após sete anos sem gravar, em 1994 lançou o CD "Só forró", em que gravou clássicos do gênero, como "Pisa na fulô" (João do Vale) e "A vida de viajante". 

Em 1998, lançou o disco "Amelinha", no qual interpretou "Espumas ao vento" (Acioly Neto). 

Em 1999, fez uma turnê pelo país com inéditas de seu novo disco, "Só com Você". Em seguida, viajou em turnê pelo país divulgando músicas de seu novo disco. 

Em 2001 lançou o disco "Vento, Forró e Folia". 

Em 2002 lançou, junto com Belchior e Ednardo, o disco "Pessoal do Ceará".No ano de 2003 apresentou-se em show na Lona Cultural Hermeto Paschoal, no Rio de Janeiro. 

Em 2011 Amelinha gravou pela gravadora Joia Moderna, especializada em cantoras, pertencente ao DJ Zé Pedro, o CD "Janelas do Brasil", e em 2013 lançou pela Lua Music o DVD e Cd "Janelas do Brasil Ao Vivo".


Amelinha no Clipe de "Frevo Mulher" em 1978:


Amelinha canta "Foi Deus Quem Fez Você" no teatro Fecap em 2013:


Fonte: www.cantorasdobrasil.com





10/06/2014

Antonio Nobrega

Esse Cabra é bom!



Músico e dançarino, Antonio Nobrega, pernambucano do Recife, tem um repertório cheio da riqueza nordestina. Seu trabalho começou cedo, aos nove anos já era violinista da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife. Em 1970, foi convidado por Ariano Suassuna a integrar Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares.

Fruto desse envolvimento com o universo da cultura popular, a partir de 1976 começou a desenvolver um estilo próprio de concepção em artes cênicas e música, apresentando desde então os espetáculos “A Bandeira do Divino”, “A Arte da Cantoria”, “Maracatu Misterioso”, “Mateus Presepeiro”, “O Reino do Meio-Dia”, “Figural”, “Brincante”, “Segundas Histórias”.

Em 1993 lançou o “Na Pancada do Ganzá” com respectivo CD. Em 1997 foi a vez de “Madeira Que Cupim Não Rói”, espetáculo e também CD. No ano de 1999, participou do Festival D’Avignon (França) com o espetáculo “Pernambouc” preparado especialmente para o público francês.

Em 2000, estreou em Lisboa “O Marco do Meio Dia”, apresentado em Paris, Hannover e em mais de vinte cidades brasileiras. O ano de 2002 foi marcado pelo espetáculo “Lunário Perpétuo” e pelo DVD homônimo que teve a direção do cineasta Walter Carvalho. Em 2004 realizou, em parceria com o cineasta Belisário Franca, a série “Danças Brasileiras” apresentada no Canal Futura a partir do mesmo ano.

A partir de 2007, com o espetáculo “Passo”, começou conciliar o seu trabalho de músico com o de dançarino e coreógrafo. Entre 2006 e 2008 lançou o espetáculo dedicado ao frevo Nove de Frevereiro. Dois CDs e um DVD (também dirigido por Walter Carvalho) registram o espetáculo.

Em 2009 estreou “Naturalmente – Teoria e jogo de uma dança brasileira” e, em 2011, o seu DVD, produzido pelo SESC e mais uma vez dirigido por Walter Carvalho. Tem se apresentado por inúmeros países, entre eles Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Cuba, Rússia e França. Nobrega é detentor de inúmeros prêmios, entre eles: o TIM, o SHELL, o Mambembe, o APCA e o Conrado Wessel. Recebeu por duas vezes a Comenda do Mérito Cultural.

Juntamente com sua mulher, Rosane Almeida, idealizou e dirige, em São Paulo, o Instituto Brincante, local de cursos, oficinas, mostras e encontros onde procuram apresentar aos próprios brasileiros um Brasil ainda pouco conhecido. Atualmente conclui com Walter Carvalho a realização de um longa-metragem sobre a sua obra, cuja estreia está prevista para o segundo semestre de 2014.

Pra mim um gênio! Um palhaço, um brincalhão, um maestro cheio de particularidades, transbordando de cultura, mas com a simplicidade e a pureza do povo!

Abaixo, um trecho do DVD do espetáculo "Lunário Perpétuo", uma obra prima! 



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Fonte: www.antonionobrega.com.br

08/06/2014

Indicação de Álbum - Gal Costa

Gal Costa - Gal



Ano de gravação / lançamento: 1969

Álbum mais psicodélico da carreira de Gal Costa, ouso dizer, da história da tropicália. Abusado, elétrico, roqueiro, sensacional!

Músicos participantes: Gal Costa (vocal e violão), Caetano Veloso (vocal), Gilberto Gil (vocal), Jards Macalé (violão), Lanny Gordin (guitarras e baixo), Rodolpho Grani Júnior (baixo), Eduardo Portes de Souza (bateria) e Diógenes Burani Filho (bateria).

Arranjos e direção musical: Rogério Duprat

Produção: Manoel Barenbein

Capa: Dircinho / foto: Freitas

Gênero: MPB / Bossa Nova / Samba / Pop Rock / Psicodelia / Movimento Tropicalista

Selo: Philips / R 765.098 L

Prensagem: Brazil

Lado A: 01. Cinema Olympia / 02. Tuareg / 03. Cultura e Civilização / 04. País Tropical (com Caetano Veloso e Gilberto Gil) / 05. Meu Nome é Gal

Lado B: 01. Com Medo, com Pedro / 02. The Empty Boat / 03. Objeto Sim, Objeto Não / 04. Pulsars e Quasars


Ouvir:


06/06/2014

Joni Mitchell

A Rainha do Folk


Roberta Joan Anderson, mais conhecida como Joni Mitchell (Fort Macleod, 7 de novembro de 1943) é uma cantora, artista plástica e poetisa canadense. Foi considerada a 75º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

Na idade de 9 anos, Mitchell contraiu poliomielite, e foi durante sua recuperação no hospital que ela começou a atuar e cantar para os pacientes. Depois de ensinar a si mesma como a tocar guitarra, ela foi para a faculdade de arte e rapidamente emergiu como uma das principais artistas populares do final dos anos 1960 e 70.

No início de sua carreira, csuas composições foram altamente original e pessoal em seu imaginário lírico. Foi esse estilo que primeiro atraiu a atenção entre o público de música folclórica em Toronto, enquanto ela ainda era adolescente. Ela se mudou para os Estados Unidos em meados da década de 1960, e em 1968, gravou o seu primeiro álbum, Joni Mitchell , produzido por David Crosby.

Outros álbuns de grande sucesso seguidos, Joni Mitchell ganhou seu primeiro Grammy Award (melhor desempenho popular) em 1969, para seu segundo álbum, Clouds . Seu terceiro álbum, Ladies of the Canyon , foi um sucesso comercial para a cantora popular, tornando-se seu primeiro disco de ouro, que incluiu os hits "The Circle Game" e "Big Yellow Taxi". Foi durante este tempo, que já experimentava o pop e gêneros de rock.

Seu álbum de "Cort and Spark" (1974) sinalizou a sua incursão no jazz e jazz fusion e foi elogiado pela crítica; acabou por se tornar seu projeto mais bem sucedido comercialmente até hoje e foi indicado para quatro prêmios Grammy, das quais venceu  como vocalista que acompanha melhor arranjo instrumental (s).

Ao longo das últimas quatro décadas, Mitchell já recebeu vários Grammys em diversas categorias, incluindo pop tradicional, música pop e de sua obra. Suas outras gravações de sucesso notáveis ​​incluem "Blue" (1971), "The Hissing os Summer Lawns" (1975), o altamente experimental  "Hejira" (1976) e  "Turbulent Indigo" (1994).

Mitchell não era a única a fazer sucessos com as canções que ela escreveu. Outros músicos gravaram covers de sucesso de suas canções, incluindo Judy Collins; os Counting Crows; e Crosby, Stills, Nash e Young.

Trabalhos posteriores

Álbuns posteriores de Mitchell incluem "Taming the Tiger" (1998), "Both Sides Now" (2000) e os álbuns de compilação "Dreamland" (2004) e "Songs of a Prairie Girl" (2005). Além de seu próprio extenso corpo de trabalho, ela tem sido uma enorme influência sobre vários outros artistas com seu estilo único de guitarra e letras expressivas.

Mitchell foi introduzida no Hall Rock and Rock of Fame em 1997 e na Songwriters Hall of Fame canadenses em 2007.

Saúde e Aposentadoria

Em entrevista à Rolling Stone em 2002, Mitchell anunciou que estava se aposentando devido à sua frustração com a indústria da música, referindo-se a ela como uma "fossa". No entanto, ela não aderiu a sua declaração, pois ela se tornou mais ocupada do que nunca, com a liberação de várias compilações que consistem em seus trabalhos anteriores.

Em 2007 ela lançou "Shine" , seu primeiro álbum de músicas inéditas em quase uma década. Politicamente carregado e ambientalmente consciente, o álbum foi um sucesso na Billboard e foi décimo nono e último álbum de estúdio de Joni Mitchell.

Além de sua voz oscilar devido a poliomielite e uma laringe comprometida, Mitchell teve que recentemente, lidar com problemas de saúde maiores. Ela está atualmente em tratamento para a síndrome de "Morgellons", uma doença controversa onde sofredores acreditam que seus corpos estão infestados de parasitas, embora não haja indicação de que eles estejam.

Sem mais turnês ou concertos, Mitchell agora investe seu tempo defendendo as vítimas da síndrome de Morgellons, falando sobre as questões ambientais e criação de arte visual.

Abaixo temos  dois vídeos de Joni Michel em diferentes fases de sua carreira: uma performance ao vivo de um de seus sucessos "Califórnia" (minha favorita) em 9 de outubro de 1970 e mais abaixo "Just Like This Train" ao vivo no programa Late Show  da TV Americana em Novembro de 1996.





Fontes: http://www.biography.com/
www.jonimitchell.com

Se você gostou, comente, compartilhe! Vamos espalhar boa música!!!

03/06/2014

Maria Alcina

Carmem Miranda ainda vive em uma das várias faces de Maria Alcina!

Mineira de Cataguases, foi para o Rio de Janeiro em 1972 decidida a seguir carreira como cantora. Estreia no Maracanazinho, participando de um festival com a música "Fio Maravilha", de Jorge Ben. Com voz grave e estilo irreverente, é muitas vezes comparada a Carmen Miranda pelo guarda-roupas escandaloso. 

Fez sucesso em 1973 interpretando "Alô Alô", samba de André Filho consagrado por Carmen. Além de canções da Pequena Notável, Alcina sempre incluiu em seu repertório músicas dos ícones do rádio, como Marlene, Emilinha Borba, Aracy de Almeida, Bando da Lua, Lana Bittencourt e Carmen Costa. Outro de seus maiores sucessos, em 1974, foi "Kid Cavaquinho", de João Bosco e Aldir Blanc. 

Logo depois, respondeu processo por "comportamento subversivo" dado à sua imagem extravagante. (Um elogio, na minha opinião!). Gravou alguns compactos e apresentou-se em programas de TV. Nos anos 80 voltou-se para o folclore musical nordestino, principalmente aquele com letras bem humoradas e satíricas, como nas músicas "Bacurinha" e "Prenda o Tadeu". Viajou pelo Brasil cantando ao lado de Moreira da Silva e para os Estados Unidos com Jamelão e Emílio Santiago. 

Depois de um período longe das gravações e palcos, gravou em 1992 o disco "Bucaneira". Mais tarde, em 1995, foi ao Estados Unidos participar de uma homenagem a Carmen Miranda.
Atuante, costuma se apresenta com bastante frequência em unidades do Sesc e em shows pelo Brasil.
Vale a pena ver e rever essa grande artista!

Maria Alcina acaba de lançar o álbum DE NORMAL BASTAM OS OUTROS, celebrando seus 40 anos de carreira.

Confira abaixo o momento de Maria Alcina no festival nos anos 70, representando a canção "Fio Maravilha" de Jorge Ben. E mais abaixo, Maria Alcina interpreta "Eu Sou Alcina", de Zeca Baleiro, "De Normal Bastam os Outros", de Arnaldo Antunes, que dá título ao seu novo CD e "O Chefão", de Aldir Blanc e João Bosco,  no programa "Todo Seu", de Ronnie Von em Março de 2014. No último vídeo, ela canta com Ney Matogrosso "Bigorrilho", de Sebastião Gomes, Paquito e Romeu Gentil.









Fontes: http://cliquemusic.uol.com.br/
            http://www2.uol.com.br/

02/06/2014

Michel Legrand e Elis Regina




Vale a pena conferir este vídeo, gentilmente postado no Youtube por uma alma boa.

Michael Legrand, compositor, arranjador, regente e pianista, com sua bagagem de mais de 200 trilhas sonoras para o cinema, toca o tema do filme Summer Of 42, para maior Cantora Brasileira de todos os tempos, Elis Regina, que interpreta a canção em francês. O ano: 1972.


31/05/2014

Indicação de Álbum - Cassiano



Cassiano - "Apresentamos Nosso Cassiano"

Gravadora: Odeon
Ano: 1973

Não era lenda não: Tim Maia morria de vergonha de cantar alguma música na frente de Cassiano. Seja por sua forma magistral de criar falsetes ou por buscar variações que melhor combinavam com os inúmeros gêneros que explorava (soul music, R&B, psicodelia, progressivo, vários outros), Cassiano tornou-se um dos maiores expoentes da black music brasileira, com habilidades que poderiam tê-lo colocado ao lado de um Isaac Hayes ou Otis Redding ou George Clinton ou Curtis Mayfield.

Nascido no município de Campina Grande (Paraíba), Cassiano chegou a tocar violão no grupo Bossa Trio e, depois, entrou para o grupo vocal Os Diagonais, onde compôs as canções “Não Dá Pra Entender” e “Clarimunda”, do disco Cada Um Na Sua.

Seu reconhecimento veio quando lançou o primeiro disco de Tim Maia, em 1970, como guitarrista e compositor de duas de suas maiores músicas de sucesso: “Primavera” e “Eu Amo Você”.

No ano seguinte, ele gravou seu primeiro disco solo, Imagem e Som, trazendo a sua versão de “Primavera”, além das parcerias “Ela Mandou Esperar” e “Tenho Dito”, que assinou junto com Tim Maia. Foi um debut poderoso, até hoje considerado um dos registros mais influentes da black music nacional.

Mas seu lado experimental veio com o lançamento do segundo trabalho, este Apresentamos Nosso Cassiano. Ele rompeu barreiras ao colocar sua força vocal em melodias mais lentas e até psicodélicas, cheias de belas orquestrações e composições mais complexas – como “A Casa de Pedra”, levada por órgãos e violões dispersos numa voz que, por mais que se encaixasse em trilha de novela, ficaria ofuscada por qualquer outra música de levada mais pop.

Aliás, de pop Apresentamos Nosso Cassiano não tem muita coisa não. “Chuva de Cristal” até fala de patrão e poderia ser identificada por qualquer trabalhador que tem um superior a relatar. Mas, quando fala de ‘ler um livro’ e de uma mágica chuva que ‘vem de alma limpa’, percebemos que o músico prefere divagar na abstração das coisas do que direcionar sua composição para algo de protesto – que florescia na época na música de Elis Regina, Geraldo Vandré, Edu Lobo.

Um dos maiores legados deste segundo disco de Cassiano é mostrá-lo o quão diferente ele era de qualquer outro compositor de black music nacional. Pegue uma música como “Calçada”: a introdução soul-psicodélica graças ao Rhodes inicia formidavelmente uma composição onde ele diz tomar um ‘caldo de cana’ de forma tão nostálgica que você se sente em um arco-íris sonoro repleto de belezas.

Seguindo na correnteza contrária de um Jorge Ben, que ovacionava a multiplicidade da mulher brasileira, ou mesmo Tim Maia, autointitulado corno e cafajeste, Cassiano canta em “Cinzas” que ama a sua mulher de forma bem festiva, levado em um swing funk com vocais em eco que poderiam muito bem figurar em alguma viagem progressiva de um Pink Floyd.

Depois deste excelente registro, Cassiano ainda lançou o ótimo Cuban Soul, em 1976, que teve os sucessos “A Lua e Eu” e “Coleção” (de Paulo Zdanowski) como trilhas de novelas da Rede Globo. Só que em 1978, infelizmente, o músico teve que fazer uma cirurgia e retirar um pulmão por problemas de saúde, o que o deixou ausente por um bom tempo. Em 1991, o produtor Líber Gadelha o incentivou a gravar Cedo ou Tarde, que não agradou muito o próprio Cassiano.

Ele ainda está vivão e vivendo no Rio de Janeiro, colaborando com os músicos da Banda Black Rio. Mas bem que poderia estar mais ativo em uma carreira solo: a black music brasileira sempre dependeu de Cassiano, por mais que muitos não saibam disso.

Fonte: http://namiradogroove.com.br/

30/05/2014

Big Band no MAM!

Neste domingo, 1 de Junho, tem Big Band Infanto-Juvenil no MAM, no Parque do Ibirapuera. Da série Diálogos Culturais. A entrada é franca.


29/05/2014

Harry Belafonte



Ele foi ícone afro dos anos 60, mas além da beleza, ele também tem voz! Foi o primeiro negro a receber o prêmio Grammy. Versátil, é ator, cantor, dançarino e pacifista norte-americano. 

Descendente de Jamaicano, adotou o estilo caribenho e era conhecido como "Rei do Calypso". Viveu na Jamaica durante sua infância e de volta aos EUA, serviu na Marinha durante a segunda guerra. Recebeu vários prêmios, entre eles, um Tony, por sua atuação na Broadwey, 2 Grammys e 8 discos de ouro.

Protagonizou a primeira cena de troca de carinho entre um negro e uma branca da televisão americana, com a cantora Petula Clark, causando grande repercussão.

Pra conhecer algo de sua carreira como artista completo, recomendo o filme "Carmem Jones", uma versão afro para a ópera Carmem de Bizet. Ele se aposentou em 2003.

Sua música de maior sucesso foi "Banana Boat", que ficou famosa sendo dublada por Catherine O´Hara no filme "Os Fantasmas se Divertem". Assista abaixo Harry cantando "Jamaica Farewell". E logo abaixo a cena famosa do filme:





27/05/2014

Portishead


Quem conhece a Banda Britânica que se encontrou na fila de desempregados? Pois é!  Esse é um boato que  circula na net, até na wikipedia brasileira, porém isso não foi confirmado. Seja como for, em meados de 1991, em Bristol, nasceu uma das melhores bandas de Trip Hop até hoje, e que fez revolução nesse estilo musical. Formada por Geoff Barrow, Beth Gibbons e Adrian Utley. "No início, o Portishead era definido como lo-fi mas depois de algum tempo seu estilo foi modificado para o que é conhecido como trip hop." (Wikipedia).

A voz da Beth é tão peculiar e interessante quanto os sons eletrônicos e psicodélicos das músicas.
Considero uma obra de arte o primeiro álbum "DUMMY", mas todos os outros também são muito bons.

Se você nunca ouviu falar ou nunca se interessou em conhecer, de uma olhada no link abaixo e confira esse som!



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